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sábado, 31 de dezembro de 2011

Fim de ano

Terminamos mais um ano, e logo, entramos num novo ano, sem mesmo se dá um descansinho para o marcador de Tempo, quem sabe um intervalo entre um ano que se termina e um ano que se começa. Seria interessante alguns dias sem datas, apenas para se dá descanso ao marcador de Tempo, para que o Tempo tirasse umas férias, fosse viajar, pudesse retorna ao passado numa atitude saudosista, ou então, fazer planos para o próximo ano.
É interessante como nós humanos temos a necessidade de marcar o Tempo, e quase sempre foi assim. Aqui de memória, sem nenhuma consulta bibliográfica, lembro-me dos calendários gregoriano, maia, asteca, judeu, islâmico; são tantos...
Cada qual foi modificando a datação do tempo, ajustando a sua revelia para atender suas necessidades, ou para se perpetuar no tempo, como fizeram os imperadores romanos. Não interessa os porquês, ou as causas, de tanta modificação na datação do tempo, mas uma coisa é certa, marcar o tempo foi uma necessidade da civilização humana.
Nossos ancestrais, os primeiros agricultores, ao instalarem os primeiros agrupamentos sedentários já sentiram a necessidade de marcar o tempo: data de plantio, data de amadurecimento, data da colheita, fases da lua, estações do ano, e quem se esqueceria de marcar o tempo em que o aluvião dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no antigo Fértil Crescente chegaria, levando nutrientes e armazenando água para o período seco? E quem se esqueceria de marcar o tempo do nascimento, ou da morte?
E se o ano não começasse no 1º de janeiro, mas em algum outro dia 1º? Ou quem sabe se o ano começasse no dia que completamos ano? Pois é certo que o ano novo para cada um de nós começa realmente quando completamos mais um ano de vida.
No meio de tantas indagações sobre essa tal datação do Tempo, e para não perdemos o pouco juízo que nos resta nesta época, podemos ter certeza que essa datação tão tradicional, apesar de tantos contras, de tanto tempo perdido na busca de uma homogeneidade na busca de marcação do tempo, tem lá suas vantagens neste nosso mundinho globalizado, cada vez mais conectado. 
Transações comerciais e diplomáticas, guerras, tratados de paz, fechamentos de negócios, são marcados a partir dessa datação universal. Mas, no entanto, corremos o risco de esquecemos dos outros tempos, e destes não podemos esquecer, fadados a perder uma das principais características do ser Homem: somos diversos, e assim devemos permanecer. 
Que possamos comemorar o tempo universal, sistemático e homogêneo, tão necessário, mas não nos esqueçamos dos outros tempos: o tempo cultural, o tempo litúrgico, nosso próprio tempo. Enfim, tanto outros tempos existentes.  






domingo, 25 de dezembro de 2011

Mais um Natal e eu fiquei por aqui pensando com meus botões, que com a chegada desta data tão festiva, mais um ano se aproxima de seu fim. E com isto fiquei me perguntando nas realizações no ano que está chegando em seu fim.
Por certo realizei muitas coisas, muitos planos realizados, e outros não, mas não desistir deles, e outros que deixei para lá. Mas a vida é assim mesmo, planos vêm, são realizados, outros não, mas não se desistem deles, e outros, bem outros, se descobre que aquilo ali não nos serve.
A vida corre, e não há tempo para está se pensando naquilo que não deu tempo para se fazer, ou não se teve força para se realizar, então é necessária se continuar, com aquilo que se tem em mãos, na vida.
O importânte, creio, é que possamos fazer a virada de nosso ano a cada dia, assim nossos planos e projetos sempre serão renovados.
Então que nosso ano novo possa ser a cada dia!



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nelson Rodrigues

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011


As redes sociais encontram-se cada vez mais presente no cotidiano de nossa sociedade, tornando um dos mais - se não o mais - importante veículo de comunicação e trocas de informações da atualidade. Abrangendo pessoas de quase todas as classes sócio-econômicas, origem, idade, formação acadêmica e cultural. É, na atualidade, a vitrine de maior vislumbre, na qual as pessoas - e empresas - se reúnem para verem e serem vistas. É ali que as pessoas são informadas e informam. 

Máximas publicitárias: a propaganda é a alma do negócio; um cliente insatisfeito afasta mais do que o satisfeito aproxima, sendo mais barato mantê-lo do que conquistar um novo cliente, dentre tanta outras, são ainda válidas hoje, pois estão na estrutura do sucesso dos negócios. O que mudou, no entanto, foram os meios. Se antes a propaganda era a alma do negócio, hoje ela tornou-se mais prioritária, e para isto, nada melhor do que as novas tecnologias. Ser visto e lembrado, através da internet, é mais barato do que algum tempo atrás, quando a comunicação era mais truncada e eletiva.

Ponto de encontro de multidões de partes diversas num único espaço, conectando pessoas em escalas nunca pensadas, as redes sociais são, no atual panorama, fontes de veiculação informativa de importância inesgotáveis para todas as empresas e seus negócios, não existindo mais barreiras físicas que possam contrapor as novas tendências num caminho de retrocesso.

Para nada serve ter ciência da importância das redes sociais diante das novas dinâmicas, se não se sabe utilizá-las a favor do negócio a qual está se propondo. Se o negócio é local o que adianta ter contatos com aqueles que não podem consumir seus produtos? Contatos com as pessoas certas é mais importante do que muitos que não podem trazer nenhum retorno. Há de se ter cuidados com a auto-imagem que se constrói num meio em que está sendo visto a todo instante.

Todos os recursos das redes devem ser usados em sua máxima capacidade pelo empreendedor, mas não mais do que a capacidade de atender a demanda adquirida através deste veículo. 

Sendo assim, as empresas devem sentirem negócios, buscando atender esse público, cada vez mais dinâmico e conectado entre si. Um público que consegue não somente se comunicar - ou trocar informações - mais rapidamente, mas fazem com que as informações tenham um longo alcance num tempo mínimo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011


Quarta, 16/11/2011

  • Madrugada de quarta, assistindo Jornal da Globo, hoje apatia a tudo. Econômica internacional em forte queda, mentira em perfis nas redes sociais on-line, crise no ministério do trabalho, aliás, mais uma crise no conturbado ministério do atual governo (esperava mais deste governo, confesso.). Por outro lado, estou querendo muito levar minha pesquisa adiante, conseguir jornais da Paraíba do período em questão, muita coisa para baixar, e espero conseguir de outros estados do Brasil também, todos, é claro, digitalizados, só assim conseguirei levar a pesquisa adiante.
  • Agora Programa do Jô, o apresentador sendo entrevistado, isto mesmo, sendo entrevistado, sobre seu novo livro, por Pedro  Bial. Muito legal.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Banda Time Machine e Fernanda Guimarães no Sesc

       Na noite da última sexta-feira (28/10), o palco cultural do SESC - Poço (Maceió, AL) tornou-se, como de costume, pequeno diante do gigantismo da banda alagoana Time Machine, que dividiu o palco com a também alagoana Fernanda Guimarães e juntos cantaram os grandes sucessos de Rita Lee.
    Time Machine é uma das bandas mais conhecida de Alagoas/Recife, comandada por seu vocalista Serginho Lamecci, fez mais uma vez uma viagem musical. Dando mostra de toda sua versatilidade trouxe ao seu público fiel os grandes sucessos das últimas décadas.
    Viajando com facilidade por ritmos variados com músicas em português e inglês, Time Machine não deixou dúvidas, se é que existem, sobre sua qualidade e potencialidade. Romântico, forró, pop, rock e outros estilos foram desfilados no palco com facilidade, deixando o público parado somente nos momentos que alguns de seus ótimos componentes faziam solos com seus instrumentos, arrancando palmas da galera.
     Marcondes na guitarra, Márcio Cavalcanti na bateria, Júnior Araújo nos teclados, Fagner Prazeres no contrabaixo, Mayson Mello, David e Carlos no sopro e na guitarra e voz o Serginho Lamecci, que desta vez usou e abusou também no violão e ousou na bateria interpretando com raríssima beleza a música "Volta pra mim" da banda Roupa Nova.
    Fagner no contrabaixo mais uma vez foi um dos destaques. Com solos cada vez mais consistentes, ele vai mostrando seu amadurecimento como músico, e vai ganhando cada vez mais espaço dentro da banda, conseguindo ganhar confiança para ser não somente também vocal, mas também para solar em algumas músicas. Sua interação com o público é um de seus destaques e em cima do palco demonstra confiança e até mesmo liderança.
    Marcondes na guitarra vai demonstrando sua grande qualidade musical tendo tudo para se tornar um dos grandes guitarristas do estado.
    Os acordes do tecladista Júnior Araújo faz o público sentir a presença desse importante instrumento dentro de uma banda, de ritmos mais dançantes a românticas ele não deixa a bola cair, sendo ponto de apoio e acompanhamento certo e sempre seguro.
    A batida forte e firme de Márcio Cavalcanti, escondido sempre atrás da bateria dita o ritmo e a empolgação em cima do palco.
    O trio do sopro é uma beleza a parte, sempre muito afiados, e com uma qualidade sem igual eles por si só já fazem um show a parte. Alcântara Magalhães, afastado por motivo de saúde, é substituído pelo jovem David que sempre muito empolgado, ensaiou alguns vocais e passos de danças.
    Serginho Lamecci, vocalista e guitarrista da banda e sem sombra de dúvidas uma das vozes mais bonitas do país, com seu timbre afiado e voz potente, arrasou, não deixando nenhum espaço até mesmo para os críticos mais raivosos. Interprete inquestionável de alto nível dividiu o palco com a talentosa Fernanda Guimarães e deram um brilho especial ao show. Na hora de interpretar Roupa Nova não teve dúvida e usou todo seu talento na bateria.
    Foi um show para aquietar todos os críticos da banda, para trazer o público ao delírio e os fãs esperançosos que terão o prazer de ouvir a banda por muito tempo ainda, e quem sabe, um dia terem sua banda favorita reconhecida pelo público brasileiro.

 Texto escrito por Israel Goulart e Andréa Farias Goulart




sábado, 29 de outubro de 2011

ESPORTE DOURADO

O país do futebol vai deixando o título que tanto lhe orgulha. Com a CBF desarticulada, desorganizada e desacreditada, os clubes são os grandes responsáveis pelo bom nível do Campeonato Brasileiro. Por sua vez os clubes conseguem manter seus jogadores no Brasil com a ajuda da conjuntura econômica nacional e internacional.

O vazio deixado pelo esporte, esporte do povo, das ruas e dos campinhos de chão batido, da malícia e do gingado dos moleques de pés descalço e descamisados, vai abrindo espaço para o vôlei, esporte mais rebuscado.

A boa gestão da CBV - Confederação Brasileira de Vôlei -, seu insentivo a prática do esporte, e com seu desconhecido presidente Ary Graça, que distante do holofotes e longe das conhecidas suspeitas de corrupção que corroem a CBF, vai colecionado títulos para todas as modalidades do esporte.

É com campanhas vitoriosas - como no Pan-americano deste ano - e boa gestão, incentivo a prática do esporte, formação de novos atletas, aliada a projetos sociais como o projeto Viva Vôlei, que este esporte dinâmico, inteligente e impossível de se jogar sem ser de maneira coletiva que el, segundo o site da CBV, se transformou no segundo esporte do país e o que mais cresceu nos últimos 10 anos.

O modelo de gestão da CBV deve servir como meta a ser alcançada pela desacreditada CBF, pois se conseguiu que sua Seleção Feminina alcançasse a prata nos jogos Pan-americanos foi únicamente pela garra das atletas, que até hoje não conseguiram vê um campeonato do nível que elas merecem em seu país.

Valeu CBV pela conquista de quatro medalha de OURO em Guadalajara - ouro masculino e feminino nas quadras e nas areias, mérito dividido com certeza com atletas, comissão técnica e apoiadores.

sábado, 15 de outubro de 2011

João, agente da história

Nascido em Criciúma, SC no dia 06/07/1952, o segundo filho de Manuel e Virgínia, casal humilde de colonos de fazendas de batatas e bananas. Manuel mais tarde se torna trabalhador das minas de carvão do sul do estado. Neste período ainda menino, João torna-se, assim como outros garotos de sua idade e da sua cidade, o carregador de almoço para os companheiros de trabalho do pai.
Ainda na adolescência descobre que possui tumor benignido no tórax, que opera. Já na idade adulta, casa-se com Normélia aos 24 anos, com quem tem quatro filhos: Gesiel, Laodicéia, Jadiel e Israel.
Logo que se casa vem para Itajaí acompanhando Antônio Honório, proprietário de um bazar no centro do município. Durante algum tempo trabalha para Antônio Honório, e é no seu terreno no bairro Cordeiros que o casal tem sua primeira casa.
Em 1980 com esforço João e Normélia compram um terreno no bairro Fazenda, compram também uma casa de madeira que é trazida para o terreno. Neste mesmo ano nasce o terceiro filho do casal: Jadiel.
Em 1982 João descobre novo tumor de tórax, operado passa alguns dias na UTI do Hospital dos Servidores na Capital do Estado. Após a operação João consegue sua aposentadoria por motivos de saúde, mas a aposentadoria não o faz parar de trabalhar. Homem lutador e sabedor de suas responsabilidades como pai João continua a trabalhar. Peças para bujões, brinquedos, picolés, vigia de condomínio, muitas vezes com jornada dupla, prancheta de madeira e caneta nos bingões que aconteciam entre os finais dos anos 80 e início dos anos 90 foram algumas de suas ocupações. Neste período João resolve também vender doces de coco: cocada, coquinho doce, água, refrigerante, outros doces, entre outros.
É assim que entre uma venda e outra João vai sustentando sua família. Mais do que sustentar com alimentos, ele o sustenta intelectualmente seus filhos. Com estudos parcos, somente até a 4ª série primária de uma pequena escola rural, ele pretende que seus filhos terminem seus estudos; que "sejam alguém na vida", como não cansa de repetir. A história deles será diferente, não viverão a duras penas de esquina em esquina, sonha que eles seriam pessoas com estudo e com bons trabalhos.
Com muito trabalho, dedicando quase todos seus esforços para a educação de seus filhos, João pouco constrói de material para si próprio e para sua esposa, mas dois de seus filhos conseguem se graduarem, Israel o mais novo em História, e Laodicéia, a única menina resultante do casamento em Nutrição. Gesiel o mais velho torna-se programador de computador. E Jadiel, o outro filho, por muito tempo dedica seu tempo trabalhando com o pai, e hoje além de auxiliar o pai, trabalha num grande supermercado da cidade.
Hoje, é difícil encontrar alguém na redondeza que não tenha conheça João, se não pelo nome, que tenha comido um de seus doces, lá no carrinho branco no ponto central da cidade, na frente do banco Itaú, ou então comprado uma de suas mercadorias.
É assim que João vai fazendo parte da história de Itajaí, da história de sua gente, sendo agente da história da cidade, ele é parte dela.

Adeus Tupã

Reaparecendo por aqui em luto, há um vazio no ar, nos falta o membro mais barulhento de nossa família. Tupã faz e sempre fará falta em nosso meio.

As lágrimas escorriam pelo rosto, era uma madrugada triste. Deitado quase que inerte ao alcance de nossas mãos aquela criaturinha tão amada, sempre tão presente neste último ano, com seus insistentes miados; com sua fome insaciada, por vezes fora do controle que nos deixava atordoados estava partindo. Era triste, mais do que triste, doía lá no fundo, e nos deixava de sentimentos divididos: se por um lado não queríamos que ele partisse, por outro não suportávamos mais seu sofrimento, ele precisava descansar daquele sofrimento, era desumano, nossa maior prova de amor por ele era deixá-lo partir com nosso carinho, com nosso conforto.

Sabíamos que salva-lo estava fora de nosso alcance, havíamos feito tudo o que estava dentro de nossas possibilidades para salva-lo, mas problemas nos rins em felinos são geralmente fatais, e não foi diferente com nosso Tupã. Silenciosa e fatal a falência renal nos felinos aparece já em momento crítico e quase irreversível, em Tupã levou apenas três dias.

Fica-nos a lembrança de suas estripulias com Marie, a nossa cachorra maluquinha, que bagunça tudo, com tudo e em tudo. De se enroscar no Heros, nosso gato siamês, e seu 'pai adotivo' de quem apreendeu tudo que tinha de saber como gato; e de sua pelagem alvinegra.

Com saudades de todos, adeus Tupa!

TUPÃ

* Julho 2010
+ 25/09/2011
Melhor um desempregado culto, do que um empregado burro.

Mas melhor seria ser um empregado culto.